terça-feira, 4 de setembro de 2012 6 << Comentário >>

O amor é o mar .


Amar não é dizer te amo, desconfio até que essa é a parte fácil de amar verdadeiramente alguém. Vai muito além da ligação no fim do dia, do tempo vivido ao lado do outro. Já vi namoros e casamentos de muitos anos mais inconsistentes que o vento do fim de tarde. O amor é a força que se alimenta de algum manjar raro, o qual poucos sabem a receita, e quando descobrem o sabor único apenas dele querem alimentar os seus dias - sabendo esses que não existe hora de parar e que ao provarem o tal preparo, dele estarão reféns por toda a vida (por livre e espontânea necessidade e prazer). O amor perpassa qualquer teoria do tolo que tentou decifra-lo, como eu. O amor desconhece o orgulho, dribla a razão e despreza o desprezo. A solidão anestesia o relógio, o amor o acelera. O calendário nos dá a noção dos dias, o amor nos desconecta. Chega em momento estratégico e permanece sendo capaz de suportar qualquer tempestade. O amor não é o que escolhemos sentir, é o que sentimos mesmo sem querer. É como um rio que se modifica insistentemente desde a sua nascente até desembocar no mar. O amor é, e porque não ser, o próprio mar - imenso, azul, indecifrável e traiçoeiro.
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