Chega! Hoje resolvi deixar minha alma falar, de verdade.
Perdoem-me os espirituosos, os mente aberta, os cheios de fé, os que tudo sabem e que tudo respeitam.
Esse não é um texto suicida, perdoo os ignorantes, apenas quero dizer que não adianta, eu não me adequarei as tais normas do convívio.
Não sei o que dizer em horas delicadas, não tenho boas maneiras.
Não quero a estabilidade, não desisto do que comecei e me arrependi, enfrento a vida como deve ser enfrentada, porém, o modo como ela deve ser enfrentada sou eu quem decide.
Nunca curti os mais gatos, nem suspirei por galãs de novela, amo os que me cativam, os mais delicados, os mais educados, ou os que simplesmente quis amar, não há um manual.
Minha diferença para algumas pessoas é que penso/escrevo/falo, o que a maioria prefere deixar ser descoberto em mentiras.
Olho o que me agrada e não o que me é posto, ignoro o que me convém, ensurdeço quando quero, ou quando preciso.
Morro a cada sofrimento de quem amo, nasço da felicidade de quem quero bem.
Não tolero os chatos e invejosos. Falo quando não posso, exponho o que penso no olhar, nas expressões faciais e corporais, mesmo que isso me prejudique, é incontrolável, é minha característica mais falha e mais evidente, pois é o que me identifica.
Odeio que duvidem de mim, tremo nos julgamentos infundados, não por dever e sim por ter pavor de ter que provar o que falo.
Hoje, só hoje, não me interessa a harmonia das palavras, a sonoridade do texto, das rimas... pouco me importa.
Só hoje, quero dizer e chorar a vontade, tenho motivos que só eu posso entender, e também não quero dividir, é meu e é pra ser vivido, mesmo quando não quero mais, mesmo quando o coração dói tanto que chega a molhar o meu rosto, mesmo quando o coração dói tanto que parece físico, que dói de verdade, simplesmente dói e tranca, na altura do coração...