terça-feira, 27 de abril de 2010 6 << Comentário >>

Das possibilidades de ser .

Quem diz quem é, geralmente, mente. Somos o que não se diz. Podemos ser o que queremos e somos, contanstemente, atores. Atuamos como escolhemos, e isso dá medo. Geralmente somos nós mesmos com, no máximo, uma ou duas pessoas em nossas vidas, mas, com a maioria, somos simpáticos, sorrimos risos que não encaixam, declaramos amor a quem não amamos, notamos tarde que isso não se faz. Às vezes cansamos de atuar, então falamos umas verdades, magoamos. Daí, de imediato, pedimos perdão pela sinceridade, o que é um verdadeiro pecado. Somos todos falsos. Nunca seremos absolutamente verdadeiros. Jamais falaremos tudo o que sentimos, até porque, é difícil transformar sentimentos em palavras. Achamos que amamos, mais o que é o amor? Somos falsos por desconhecimento, ignorância. Todo ser hurmano é ignorante, pois não temos respostas para as perguntas mais fundamentais da vida. Sabemos que somos, mas não sabemos quem ou o que somos.
quinta-feira, 22 de abril de 2010 3 << Comentário >>

Nem oito e nem oitenta .

Meu Deus, o que está acontecendo com o mundo? As pessoas estão se dividindo em “oitos” e “oitentas”…
Lá fui eu, como de obrigação, fazer a feira, junto com minha mãe, num desses super-mercados totalmente iguais a qualquer outro, em qualquer outro país… mais um desses mercados “globalizados”. Minha mãe precisou ser atendida por um desses funcionários que, a priori, também são totalmente iguais a qualquer outro e em qualquer outro lugar… aqui ou na China. Pois bem, na hora do atendimento deu pra notar que, entre os funcionários havia um “pequeno desconforto”, desconforto este que, em segundos, foi caracterizado como um verdadeiro fight. O homem engolindo a mulher e a mulher engolindo o homem… Os dois estavam visivelmente estressados e esgotados! Uma situação extremamente desconfortável pra quem vivia e pra quem assistia(sem dúvidas).
Atendidas, eu e minha mãe, partimos pra seção de frios, ainda muito constrangidas! Não deu um minuto pra nos depararmos com outra funcionária, esta, totalmente presente no “Reino do Senhor”. Gente! A mulher parecia estar em outro plano, com a alma super elevada “glorificando ao senhor”, parece que é assim que eles falam, não é?
Em meio aos “meu coração é teu, Senhor!” e aos “Toma meu espírito”, percebi que acredito não fazer parte de nenhuma das duas classes. Não sou uma “oito” e bem menos uma “oitenta”. Na verdade, acredito que estou bem mais pra área do stress topado, do que pra louvar ao Senhor, o que é uma pena! Se bem, que acho meio(pra não dizer totalmente) fora do comum esse negócio de ser muito alucinado, sabe? Parece que você não pode ter opnião e nem dúvidas, questionar nem em pensamento! E também parece que esse seu “estado de elevação espiritual” vai acabar a qualquer momento, e você vai se juntar a grande massa estressada da sociedade, porque NÃO É POSSÍVEL TANTA PAZ!
Bom! Sendo ou não sendo, o mundo poderia ter a classe dos “trinta e seis”, não é? Bem no meinho, entre os “oitos” e os “oitentas”. Assim, quem sabe não rola um equilíbriozinho e as pessoas não passam por situações tão constrangedoras?
sexta-feira, 9 de abril de 2010 7 << Comentário >>

Palavra Mal Dita .

Uma palavra pode mudar uma vida, pode até custar uma vida. O que dizer de uma palavra que poderia facilmente ter se tornado silêncio? Como seria bom se podessemos escolher o que ouvir e pensar muito antes de falar. Tipo selecionar, sabe? Geralmente, falamos o que não queremos falar e ouvimos o que não queremos ouvir. Mas talvez o legal seja examatente essa “surpresa” de ouvir o inesperado(quando é bom). Na verdade é um inesperado que, no fundo, sempre esperamos.
E aquela palavra que não foi dita e que não custava nada ter “escapolido” sem querer? Às vezes dá vontade de colocar palavras na boca dos outros. E não é, que quando queremos muito, acabamos por nos precipitar e ouvimos o que sequer foi dito? Aí é que o bicho pega… Quando nós vamos nos tocar que isso foi feito, é tarde demais, e já estamos acreditando na mentira dita sem intenção. Nossa! E aquela palavra que temos vontade de congelar? Ahh… essas são as melhores! Às vezes até nossa mente nos faz o grande favor de gravar e ficar nos repetindo nos ouvidos por dias, semanas, meses (Detalhe: isso também pode acontecer quando queremos esquecer a tal palavra). Bom, eu sempre peco pelo excesso! Falo o que era pra falar, o que NÃO era, o que JAMAIS se fala, o que em HIPÓTESE ALGUMA se fala, e ainda dou um belo jeitinho de repetir mais umas três vezes tudo isso aí(kkkk, é sempre bom rir das nossas desgraças, você se sente um “tantinho” mais imbecil!). Mais ainda assim, sou uma apaixonada pelas palavras e pelos efeitos que elas podem nos causar.
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