quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sobre o amor .


Mesmo que amemos por toda uma vida, ainda assim, não saberemos o que é o amor, pois não temos a capacidade de mergulhar no outro, mergulhar no sentimento alheio. Não dizendo que não podemos amar sozinhos, sim, podemos. Mas como saber se o que sentimos é realmente o amor? O amor é, ao mesmo tempo, aurora e crepúsculo, bem e mal, começo e fim. A característica maior do amor é sua capacidade de ser construído. Na realidade, acredito que o amor seja exatamente isso: uma interminável e incansável construção. O amor não é o fogo, o incêndio. Não queria cair na mesmisse de dizer: isso é paixão. Na realidade, eu também não sei. Mais uma coisa é fato: isso não é amor. Pode até ser uma de suas linguagens, uma forma mixuruca e sem consistência de amor. O amor é o que não se descreve, não se explica, não se conhece. O amor não é submissão, também não é dependência e nem julgamento. O amor detesta livros de auto-ajuda. O amor não é aquela coisa melada, melancolica, pálida, sofrida. O fim do amor é quando tentamos transformar em linha reta o que se caracteriza nó. Tentamos transformar essa inconstância em regras, simetrias, linearidade.

11 << Comentário >>:

Elayne Pontual disse...

"O fim do amor é quando tentamos transformar em linha reta o que se caracteriza nó. Tentamos transformar essa inconstância em regras, simetrias, linearidade."

Nossaaaaaaaa, sei nem o que dizer...

(LLLLLLLLLLLL)

Ana Gabrielle Coêlho disse...

Vejamos...orgulhosa, assim me sinto por ver que minha irmãzinha outrora tão desprezadora da literatura, tão indiferente quanto à escrita e coisas afins, agora, está por ela própria criando, criticando e utilizando as palavras de forma tão bela e singular. Parabéns! Te amamos, Tita!

Ana Gabrielle Coêlho disse...

Embora tenha dito aqui que estou orgulhosa e tudo mais, não posso deixar de expor também a minha opinião sobre o assunto desse texto.
Acretido, ao contrário do que pensava antes de amar, que o amor existe sim e é rico. Rico não porque só traz vantagens, "lucros" ou alegrias, mas rico pelo fato de nos proporcionar sensações mil, uma vasta experiência sobre uma coisa que insiste em reexistir a cada dia.
"Como saber se o que sentimos é realmente amor?" A resposta está dentro de cada relação, dentro de cada um de nós. Não existe fórmula, e está aí também aquela tal riqueza. Posso dizer, referindo-me apenas a minha experiência, que o amor é a força que me faz acordar a cada dia com a vontade de reconquistar todos os dias o mesmo homem. Aquela força que me faz suportar, por vezes com maestria, os defeitos do outro e pensar nesses momentos que o outro também tem que suportar os MEUS defeitos. Pois bem, acho e apenas acho, que descobrimos o amor quando começamos a viver não de forma submissa, como você mesma citou, mas de forma a viver em prol do benefício alheio, apesar das diferenças e defeitos, sem pedir nada em troca e mesmo assim receber. É perceber que você viveria toda a vida do lado da mesma pessoa sem sentir lacunas, sem medos, sem crises. É se sentir repleta de sentimentos bons e ainda assim querer sempre ser alguém melhor.
Essa é a minha opinião sobre o que é o amor. Acho sim que ele pode ser esse incêndio, que você acha que não, ou pensa ser vulgar ou menos importante. O amor é o complexo. O amor só não pode ser limitado e finito.

Cecill disse...

"O amor não é aquela coisa melada, melancolica, pálida, sofrida. O fim do amor é quando tentamos transformar em linha reta o que se caracteriza nó. Tentamos transformar essa inconstância em regras, simetrias, linearidade."


Simplesmente perfeito!
(L)

Ludmila disse...

"O fim do amor é quando tentamos transformar em linha reta o que se caracteriza nó. Tentamos transformar essa inconstância em regras, simetrias, linearidade."

PERFEITO! É isso aí... Eis o amor. :)

Caio disse...

Seus textos são ótimos... acho muito legal o jeito como vc emprega as palavras! Algumas coisas eu nao concordo, mas a vida não é feita de unanimidades mesmo, nao é?? hehe

Sobre o amor... bem... isso é assunto pra vida toda!! Acho sim que ele se manifesta de diversas formas. O que se tem em comum entre todas as formas de amor é o sentimento de "querer bem"... So ama-se se vc deseja o bem a pessoa amada... mas acredito que as coincidencias terminam aqui sobre esse vasto assunto!

João Paulo Tenório disse...

Seguindo sua linha de pensamento, só Jesus amou, acredito. Um amor verdadeiro. E não sou carola não,é apenas meu entendimento. Xeroo p vc karol!! agora acertei teu nomee!!

Lucas Barreto disse...

Tentamos transformar essa inconstância em regras, simetrias, linearidade.

adorei isso (:
beijos. sou de Maceió tbm

Lucas Barreto disse...

kkkkkkkkk obrigado,
proximo ano eu estou aí
em jornalismo (:
tomare que siim!

me adiciona aí : lucas-barreto@hotmail.con

augusta disse...

Nossa, Karol! Que texto maravilhoso! Concordo plenamente contigo. E também acho que "amor" não deveria ter significado no dicionário e nem ser considerado sinônimo de paixão. Amor é um sentimento tão antagonico e tão bonito de ser sentido.

Parabéns pelo texto! Como eu disse maravilhoso.

Anônimo disse...

Infelizmente,esse é o significado de amor no seu ponto de vista.As pessoas devem saber separar o que é amor de mãe(materno)irmãos(fraterno)e o amor entre um homem e uma mulher.E não concordo com João Paulo Tenório que afirma que só Jesus amou!Quanta ignorância!!

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